terça-feira, 6 de agosto de 2013

Chegada

A viagem de trem foi rápida. Uma hora depois, estávamos na estação de Lille. Eu conheci alguns lugares que o Edu tinha me mostrado por foto, foi bastante especial.

A estação de trem de Lille é muito branca, e as máquinas/móveis são em grande maioria vermelhos e azuis. Esses franceses são engraçados. Eu nunca conseguiria imaginar uma estação de ônibus no Brasil azul, verde e amarela, mas bem que seria fofo.

Passamos por uma estação de recarga de baterias muito interessante, movida não a eletricidade, mas a pedaladas. Eu, como turista nada discreta, tirei uma foto do moço carregando o seu celular.



Aliás, os franceses sabem ser sustentáveis:

  • Não existem sacolas de plástico nos supermercados (você tem que trazer o seu sacolão ou comprar no mercado, caso esqueça);
  • Realmente separam o lixo em diferentes lixeiras. E mesmo as lixeiras não usam saco de lixo, a não ser para resíduos orgânicos. As lixeiras são uma espécie de baldinho que você leva para fora, em vez dos sacos plásticos;
  • As ruas, apesar de estreitíssimas, não têm engarrafamento - os franceses preferem andar, ir de bicicleta ou pegar o transporte público, ...


Não lembro de mais exemplos, mas sei que eu sempre me surpreendo com a sustentabilidade deles. Temos muito a aprender com eles, acredito.

Uma coisa que tem em cada esquina da estação de trem é uma máquina de tirar fotos, aquela mesma do filme da Amélie:

Tudo azul, vermelho, branco
Claro que eu quis tirar fotos, né. É engraçado de usá-la, um pouco confusas as instruções e não escolhemos quando batê-las. Não tivemos muita criatividade, mas ficou a lembrança.


Por fim, uma foto da estação de Lille do lado de fora:

Detalhe para a escultura de flores à esquerda. 

Lille é mesmo muito fofa. Era, de longe, o lugar mais lindo que eu conhecia.

Até que nós pegamos o metrô e chegamos a Croix. Aí percebi que não era Lille o lugar mais lindo do mundo - não ainda.

Subir da estação de metrô e me deparar com essa vista realmente mexeu comigo. Enfim, eu tinha chegado em casa. E esta seria a minha nova casa. Eu me vi subitamente naquele lugar, tão familiar e acolhedor que parecia que eu nunca sequer havia saído de lá. E eu realmente estava lá, por mais que parecesse tudo surreal, um sonho, mesmo. Aí simplesmente comecei a chorar. Como reagir a tudo isso?

Realmente acredito que eu vou ser feliz aqui. Ainda volto para ficar.


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